Tóquio – A pandemia obrigou pessoas no mundo todo a passar mais tempo em casa e diante de uma rotina com menos vida social, questões como a solidão e a tristeza passaram a fazer parte do cotidiano de muita gente.
A Panasonic desenvolveu um robô no Japão que promete alegrar um pouco mais o dia a dia de quem está sendo obrigado a passar a maior parte do tempo dentro de casa.
Segundo uma reportagem da Fuji TV, o “Nicobo” faz parte de um conceito de criação de robôs “fracos”, que vão na contra mão dos esforços tecnológicos para construir robôs cada vez mais úteis e importantes.
Os robôs “fracos” como o Nicobo não possuem grandes funções a desempenhar, mas podem contribuir com o bem-estar e a manutenção das emoções humanas.
O robôzinho que possui um rabo é capaz de se aproximar de seu dono, balançar o rabo quando for pego no colo, abrir e fechar os olhos e responder com palavras simples e enigmáticas.
Nicobo costuma balbuciar alguma coisa inteligível, como se estivesse sonolento e de vez em quando surpreende seu dono soltando um pum.
O robôzinho também tem capacidade básica de aprendizado e não chega a desenvolver habilidades de conversação, mas costuma memorizar muitas palavras ditas pelo dono e depois as repete.
Em alguns vídeos promocionais, Nicobo aparece interagindo com algumas pessoas e provocando momentos divertidos. Em um vídeo, ele faz companhia a uma mulher que trabalha em casa e em outro vídeo, ele repete algumas palavras ditas pela dona, fazendo-a se divertir.
Como surgiu o Nicobo
O robô não foi criado especialmente para este período de quarentena, mas acabou chamando mais atenção em decorrência dos efeitos da pandemia.
Seu desenvolvimento começou em 2017 pelo Departamento de Produção de Equipamentos Eletrônicos da Panasonic.
“A empresa estava focada no desenvolvimento e na evolução de equipamentos eletrônicos que pudessem trazer praticidade para a vida dos consumidores. O Nicobo surgiu com a proposta de trazer alívio ao coração daqueles que estão cansados e estressados com as relações humanas”, disse um representante para a Fuji TV.
Sem grandes capacidades, o robô tem atraído a atenção pela simplicidade, espontaniedade e um comportamento que sugere uma interação leve, como se fosse uma criança pequena.
“Ele se aproxima do usuário, se esforça para lembrar palavras e balança o rabinho. Pode se tornar uma grande companhia para este novo estilo de vida em que é preciso evitar o contato próximo com outras pessoas”, sugere.
O robô estreou através de uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding), que já encerrou os pedidos. Agora, a Panasonic está considerando disponibilizar o Nicobo no mercado.