One Piece tem milhões de fãs no Japão e ao redor do mundo e com a popularização dos live-actions, a Netflix está apostando alto para mostrar a sua versão da história pirata. Mas será que ela vai acertar como fez, algumas poucas vezes, ou estamos prestes a ver um novo fracasso da gigante do streaming?
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Só para esclarecer, nunca assisti o anime de One Piece e o anúncio do live-action não me chamou atenção, quando foi feito lá em 2020. De lá para cá, nada me fez sentir vontade de assistir o anime, mesmo sabendo que ele pode ser muito bom. Talvez o que mais atrapalhe alguém como eu começar a assistir o anime seja a quantidade de episódios. Mas, para quem já chegou na 30° temporada dos Simpsons em apenas um ano, certamente não seria impossível assistir.
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Porém, tudo mudou quando saíram os primeiros trailers do live-action da Netflix. A apresentação do elenco acabou me chamando atenção, já que a ideia de ver aventuras piratas sempre tem um apelo curioso. Um ponto muito bom para alguém que não acompanha o anime é estar livre para receber o que for feito de peito aberto. Algo semelhante aconteceu comigo quando assisti a The Witcher e The Last of Us, que são jogos muito bons, mas que eu ainda não joguei. Por não ter expectativas, acabei achando interessante, sem o peso de pensar “ah, mas mexeram nisso?”.
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One Piece pode ser ruim?
Novamente, por não ter assistido o anime, precisei recorrer a análises de fãs e pessoas que já assistiram. A coisa que ficou mais nítida é que essa parte do público ficou bem dividida. Há aqueles que amam cada aspecto do anime, exceto os fillers. Por outro lado, há os que defendem que ele não pode ser bem adaptado devido às partes fantasiosas da história que não podem ser afastadas. É claro que eu também me senti incomodado quando vi o Luffy dando seu golpe “gomu gomu no pistoru”, já que ficou esquisito. Porém, ao rever o trailer algumas vezes, consegui perceber que, por melhor que fossem os efeitos especiais para a cena, qualquer golpe desses precisa ser “esquisito”, afinal isso vai depender da nossa imersão na história.
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E é claro que toda a história pode ficar esquisita se for mal executada, mas errar em uma série desta magnitude poderia significar levantar a ira dos fãs do anime. O flop é sempre uma possibilidade e a Netflix não poderia errar agora, já que o nome One Piece, seria muito pior do que foi com Cowboy Bebop, que apesar de ser uma anime sensacional, não tinha o mesmo apelo (mas que foi uma tremenda bola fora da Netflix, foi).
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Colocando mais violência do que no anime
O diferencial da série adaptada pode ser mesmo a violência. Os produtores já disseram que teremos muita violência, sangue e linguagem inadequada para menores, colocando a produção na mesma faixa do anime, aconselhada para +16. Pode parecer ousado, mas estamos falando de um mundo que vai abordar a pirataria e não poderíamos esperar menos disso. Se tudo for bem executado, a série pode ser uma boa adição ao catálogo da Netflix e tem tudo para marcar a história das produções da gigante. Se tudo der errado, aí a pressão só vai aumentar para “Avatar – The Last Airbender”, que é a próxima aposta ousada do TUDUM.
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