O governo japonês está se preparando para flexibilizar as regras de admissão em instituições de ensino superior com o objetivo de atrair mais estudantes estrangeiros e fortalecer sua posição no cenário educacional global. A medida poderá entrar em vigor já no ano acadêmico que começa em abril de 2026.
Atualmente, as universidades, faculdades e escolas técnicas especializadas enfrentam um teto no número total de matrículas, incluindo alunos do exterior. Esse limite é calculado com base em critérios como a estrutura e a capacidade da instituição. Caso excedam esse número, as instituições podem sofrer penalidades, como cortes nos subsídios do governo.
Com a proposta liderada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT), o limite seria ampliado em cinco pontos percentuais — desde que as instituições atendam a requisitos específicos que ainda estão sendo definidos. A expectativa é de que a nova política permita um aumento significativo no número de estudantes internacionais admitidos, contribuindo para a internacionalização do ensino superior japonês.
Autoridades do ministério afirmam que os pedidos de adesão à nova política poderão ser apresentados ainda este ano, dando tempo para as instituições se adequarem antes do início do próximo período letivo.
Além de tornar o Japão mais competitivo no setor educacional global, a medida também visa criar um ambiente acadêmico mais rico e diversificado. “A convivência com alunos de diferentes países pode trazer benefícios significativos também aos estudantes japoneses, incentivando o intercâmbio cultural e a ampliação de perspectivas”, destacou um porta-voz do MEXT.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para responder aos desafios demográficos do país e à crescente necessidade de inovação e cooperação internacional no ensino superior.