Tóquio – Muitos brasileiros vieram ao Japão com o intuito de guardar dinheiro por alguns anos, voltar e usufruir desses recursos no Brasil. Para muita gente também, os planos mudaram no meio do caminho: alguns decidiram ficar no país dos antepassados, outros não conseguiram cumprir a missão de fazer uma boa poupança.
Mesmo quando o salário é bom, não é nada difícil ver os recursos desaparecendo da conta bancária com as despesas diárias, compras e investimentos que não trazem nenhum retorno.
Em um artigo para o portal Esse, a consultora de vida, Minako Obana, citou os principais erros de pessoas comuns, que resultam na dificuldade de guardar dinheiro, compras desnecessárias e uma frustração constante com a vida, o trabalho e as finanças.
Para Minako, há três tipos de comportamentos que devem ser evitados ou corrigidos: o aumento de itens em casa, a falta de organização e a falta de reservas financeiras.
“Quem está com coisas demais em casa e sente dificuldade para arrumar, provavelmente precisa revisar a forma como vem gastando dinheiro. Se você compra coisas além do necessário ou que realmente são inúteis e repete esse comportamento, chega uma hora que você não consegue organizar porque tem itens demais em casa”, alertou.
Veja quais são os principais erros que resultam nessa situação.
1. A tentação das promoções online
Minako acredita que um grande problema é cair nas tentações das compras online, que muitas vezeso oferecem bons descontos ou um número grande de pontos que podem ser convertidos em novas compras.
“É muito prático poder comprar online, sem ter que andar até uma loja física. Porém, cuidado com as promoções e pontos. Isto te deixa com a sensação de que está sofrendo um prejuízo caso não compre, mas é o contrário disso. Para evitar, refltia se você compraria caso o preço fosse cheio e se você realmente precisa”, sugere.
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2. Comprar em grandes quantidades
Comprar produtos para a casa ou alimentos não perecíveis em grandes quantidades pode ser tentador, ainda mais quando o valor é mais baixo e o cotidiano vem sendo pressionado pelo aumento desenfreado
do custo de vida.
Minako garante que o erro está em realizar essas compras sem considerar o espaço disponível para armazenar, organizar e gerenciar.
“As pessoas compram em grande quantidade sem ter espaço para guardar, depois os armários ficam abarrotados, é preciso levar itens para outro local e o morador até esquece o que comprou. Não adianta nada se você não conseguir organizar e gerenciar esses estoques. Além disso, ter itens demais pode produzir um consumo mais rápido, o que também não ajuda do ponto de vista financeiro”, explicou.
3. itens baratos não ajudam a guardar dinheiro
Pode parecer que o impacto de uma compra barata, um caderninho fofo ou um item de decoração é baixo. Porém, quando existe o hábito de ceder à tentação desse tipo de compra com alguma frequência, o preço se torna alto no final e o comprador fica com a casa cheia de quinquilharias que não usa ou não precisa.
“Cuidado com as coisas que são baratas e bonitinhas, porém inúteis. Você compra no impulso, mas depois, quando está em outro estado mental, percebe que não tinha necessidade alguma e até se arrepende”, alertou.
Minako acredita que ao trocar a forma de pensar e de agir, é possível ter uma vida mais leve, organizada e com dinheiro sobrando para investir em algo que realmente fará diferença.
“Se você se esforçar para organizar sua casa, seus itens, suas gavetas e armários, mas não corrigir o hábito de comprar sem necessidade, você volta para a estaca zero. O principal é mudar a consciência, a forma de pensar e de agir, isto mudará tudo”, reforçou.