Tóquio – No Japão existe uma crença de que a carteira está conectada à capacidade de atrair dinheiro. Será que é mesmo possível melhorar as condições financeiras ao guardar o dinheiro com carinho em uma carteira bonita? O assunto pode ser polêmico ou questionável, mas o fato é que existem semelhanças entre as carteiras utilizadas por pessoas com facilidade de acumular riquezas.
Michiko Ida, que é planejadora financeira, trabalhou por muito tempo como bancária no Japão. Ela estava acostumada a atender clientes que tem muito dinheiro e em vários procedimentos, eles tiravam as carteiras dos bolsos e ficavam visíveis. Michiko começou a reparar no tipo de acessório que essas pessoas usavam e encontrou semelhanças. Ela contou mais sobre isso em um artigo publicado no Portal All About.
As carteiras bonitas e o grau de riqueza
Talvez as pessoas com muito dinheiro tenham crenças financeiras positivas e tratem os recursos com carinho, ao menos é o que sugere o tipo de carteiras que utilizam de acordo com Michiko. Ela conta que, nos atendimentos, viu muitas vezes homens endinheirados puxando-as do bolso e tirando notas para realizar procedimentos bancários.
”Eu lembro bem que a maioria era muito bonita. E quando eu digo bonita, não quer dizer que eram decoradas ou tinham um design incrível. Mas dava para ver que estavam em boas condições, não eram surradas ou velhas. A carteira é a casa do seu dinheiro, se estiver detonada, é melhor não deixar assim e comprar uma nova”, contou.
A importância da ordem
A maneira como uma pessoa organiza suas coisas pode ter relação com a condição financeira e a carteira faz parte disso. Muitas pessoas andam com o acessório cheio de papéis, recibos, moedas, cartões que até já perderam a validade, nunca são usados e fazem volume. Outras podem andar com o dinheiro amassado, carregar moedas demais e até bilhetes e papéis que nada tem a ver com as compras.
De acordo com Michiko, os clientes ricos que mexiam no dinheiro na frente dela mostravam que tinham bastante organização.
”Obviamente eu não podia ver todos os detalhes, mas dava para perceber que as carteiras eram organizadas por dentro. O dinheiro estava organizado, o troco, os cartões sem excessos. Na hora de fazer transferências em dinheiro, muitos separavam as notas em casa, colocavam em envelopes bem arrumados e entregavam no balcão de atendimento”, disse.
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A preferência pelas longas
Outro detalhe que chamava a atenção de Michiko era o fato de que muitos desses clientes tinham preferência por usar carteiras longas. Existe uma crença de que este tipo ajuda a aumentar a sorte financeira. Verdade ou mentira, o fato é que as versões mais longas permitem organizar melhor as notas e não amassá-las. As menores podem ser mais práticas para carregar no dia a dia e levar na bolsa, mas fazem com que as notas sejam dobradas ao meio.
“Eu via muitas carteiras longas e as notas que eles entregavam eram sempre bonitas, nunca amassadas ou dobradas no meio. Para ser sincera, quanto mais rica uma pessoa é, menos ela tende a andar com as notas de dinheiro dobradas no meio e isto era bastante nítido para mim. As notas que usavam também eram novas e quando acontecia de entregar alguma nota dobrada ao meio, pareciam muito envergonhadas por isso”, relatou.
Pode parecer um detalhe irrelevante ou mesmo cultural, já que no Japão não é comum amassar o dinheiro. Porém, Michiko sentia no capricho, organização e cuidado, um sentimento de quem valoriza o dinheiro e trata seus recursos com carinho. Isto pode estar relacionado com crenças financeiras que favorecem a condição financeira de uma pessoa.
Por via das dúvidas, vale dar uma boa examinada na própria carteira e avaliar se está na hora de trocar, fazer uma faxina ou organizar as notas, trocos, papéis e cartões.