Tóquio – A primavera japonesa poderá ser difícil e agoniante aos indivíduos com maior sensibilidade ao pólen. Neste ano de 2023, a quantidade de pólen que deve se espalhar durante a estação pode atingir níveis mais elevados do que nos últimos 10 anos.
Este foi o alerta do Ministério do Meio Ambiente do Japão. O órgão chamou atenção para a região de Kanto, que engloba Tóquio, Gunma, Ibaraki, Kanagawa, Chiba, Tochigi e Saitama; para Hokuriku (Ishikawa, Fukui, Niigata e Toyama) e Chugoku (Hiroshima, Yamaguchi, Shimane, Tottori e Okayama). Nestas áreas e províncias, o volume do pólen produzido pelo cedro japonês deve bater níveis recordes.
De acordo com uma reportagem da emissora TBS, o volume de pólen da primavera é definido pelo verão do ano anterior, entre os meses de junho e agosto. No ano passado, o verão foi marcado por temperaturas elevadas e muitos dias ensolarados.
Esta condição é ideal para a produção massiva de pólen pelo cedro japonês e acaba por intensificar a dispersão das partículas na primavera seguinte. Normalmente, um verão intenso significa que a primavera do ano seguinte será mais difícil para quem tem alergia.
Os alérgicos devem tomar cuidados no dia a dia: utilizar máscaras próprias para a alergia, evitar deixar janelas abertas e limpar as roupas antes de entrar em casa. Tome cuidado com os dias de sol e vento forte, pois esses são os períodos em que há mais contato com o pólen.
Leia também: Passaporte japonês é o mais forte do mundo por 5 anos consecutivos: veja quais são as vantagens de ter um.
Aprenda a diferenciar os sintomas
Depois da pandemia do coronavírus, uma nova preocupação surgiu: como diferenciar os sintomas do vírus e da alergia? E ainda, como diferenciar os sintomas da influenza? Alguns sintomas são mesmo parecidos e a confusão pode fazer uma pessoa que precisa de repouso e isolamento acreditar que só está com alergia.
Segundo a reportagem, os sintomas em comum entre as doenças e a alergia é ficar com o nariz escorrendo, sentir desconforto na garganta e fadiga. Mas no caso da alergia ao pólen, conhecida como “kafunsho” no Japão, é comum também espirrar e sentir coceiras na garganta e os olhos ardendo.
No caso de estar com influenza ou coronavírus, o paciente também sofre com febre que pode ser alta, dores musculares e uma dor de garganta mais intensa.
Para o médico e diretor da clínica Karada Naika Gotanda em Tóquio, Akihiro Sato, é importante investigar sempre que estiver com esses sintomas.
“Não é incomum que a pessoa saia de casa, sinta os sintomas e pense que está com alergia ao pólen. E então ela vai para o trabalho ou escola e só depois descobre que era influenza ou coronavírus. Por isso nós recomendamos sempre que se faça o teste quando aparecerem sintomas”, declarou.
Muitas vezes os sintomas começam leves e são fáceis de confundir. O paciente pode perceber que não está com alergia quando vem a febre alta e dores mais intensas. Mas neste meio tempo, acaba infectando as pessoas mais próximas ou mesmo desconhecidos em locais públicos.