Tóquio – Alguns países asiáticos são bastante rígidos com relação à lei antidrogas e crimes como tráfico podem resultar em décadas de prisão ou mesmo pena de morte.
A Tailândia é um desses países e no fim do mês passado, um japonês de 30 anos, identificado como Yuma Tsuhara, tentou levar 1 kg de entorpecentes de Bangkok para o Japão. A princípio, ele planejava vender a droga ou entregar para alguém no país de origem.
Yuma foi percebido pelas autoridades tailandesas e cercado por policiais no aeroporto, antes que pudesse embarcar no voo. Um mandado de prisão logo foi emitido.
Segundo uma reportagem da Emissora Fuji, ele utilizou um serviço de envio internacional de encomendas em Bangkok na tentativa de despachar a droga, mas foi descoberto, identificado e localizado antes de sair do país.
A reportagem também informou que ele negou as acusações e não trouxe mais detalhes se o homem morava na Tailândia ou no Japão, que tipo de droga carregava e se era a primeira vez que transportava substâncias ilícitas de um país para outro.
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Brasileiros com drogas na Ásia
O caso do japonês não é nada incomum e muitos brasileiros já passaram por uma experiência semelhante depois de tentar entrar em países asiáticos com drogas na bagagem.
Mary Hellen Coelho, uma brasileira de Pouso Alegre, em Minas Gerais, foi presa em fevereiro do ano passado em Bangkok por tentar entrar no país com 9kg de cocaína nas malas.
Ela e outros dois brasileiros envolvidos acabaram detidos e o processo se desenrolou rápido. A jovem de 22 anos foi condenada em maio a 9 anos e 6 meses de prisão e a condenação foi relativamente branda para as leis da Tailândia.
De acordo com reportagens da mídia brasileira, embora o país condene com pena de morte de acordo com o tipo de entorpecente e as quantidades, as leis mudaram com relação à cocaína e no fim de 2021, a pena máxima se tornou 15 anos para quem é pego com cocaína.
Mas Mary Hellen não tentou dizer que não sabia da droga ou alegar inocência. Ela se declarou culpada diante das autoridades e o comportamento pode ter ajudado a reduzir a condenação. A defesa espera uma oportunidade de pedir “perdão real”, tendo em vista que ela também tem bom comportamento na cadeia.
Outros brasileiros não tiveram a mesma sorte. Em 2017, a brasileira Yasmin Fernandes, de então 20 anos, foi presa com drogas nas Filipinas e acabou condenada a 40 anos de prisão.
Em 2015, o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi executado por um pelotão de fuzilamento na Indonésia depois de passar 11 anos preso por tentar entrar no país com drogas.
No mesmo ano também ocorreu a execução de outro brasileiro no país: Marco Moreira, de 53 anos, que também tinha sido preso pelo tráfico internacional de drogas.