Tóquio – Um acidente leve entre duas bicicletas acabou se tornando um pretexto para um homem cometer um abuso sexual em Tóquio.
O caso aconteceu no início da manhã de 29 de julho, há quase um mês, no distrito Nerima. Eiji Enomoto, um japonês de 50 anos, estava andando de bicicleta quando colidiu com a bicicleta de uma jovem menor de idade.
Na hora do acidente ele disse que estava tudo bem, mas logo depois, bolou um plano para aproveitar a oportunidade e abusar da menina. Ele foi atrás dela e disse que a cesta da bicicleta tinha quebrado e perguntou o que ela faria a respeito.
A menina não teve a chance de responder. O homem disse que se ela “pagasse com o corpo”, ele poderia cancelar a dívida.
Depois disso, a menina foi conduzida até um estacionamento próximo do local onde as bicicletas colidiram e foi abusada em um canto onde ninguém podia ver. O caso chamou tanta atenção que foi parar no ranking das notícias mais lidas da Emissora Fuji.
E apesar de fazer quase um mês, só veio à tona na semana passada, o que acontece quando a vítima demora para fazer a denúncia.
Enomoto foi preso e confessou a acusação.
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A problemática das fotos íntimas
Além dos casos de abusos sexuais recorrentes, outra situação tem trazido preocupações para a sociedade japonesa: os numerosos casos de roubos de fotos íntimas em diversos locais públicos. Segundo uma reportagem do Nikkan SPA!, uma plataforma que vende fotos e vídeos de mulheres em situações cotidianas já lucrou ¥1 bilhão em dois anos e meio.
No vasto acervo de imagens e vídeos disponibilizados, há muitos de natureza criminosa. Imagens íntimas de mulheres em banhos públicos no Japão, banheiros públicos, vestiários e outros locais. O usuário ainda pode escolher a categoria e decidir comprar o material avulso ou assinar a plataforma por valores que vão entre ¥4 mil e ¥10 mil mensais.
Apesar da natureza ilícita, a reportagem abordou a dificuldade da polícia japonesa em investigar denúncias sobre a plataforma, pois o servidor é de um país estrangeiro e seria necessário a colaboração da polícia local.
Enquanto isso, muitos pervertidos utilizam seus smartphones ou mesmo câmeras escondidas para fotografar por baixo da saia ou fazer imagens de mulheres nuas sem que as vítimas saibam disso. No ano passado, a polícia registrou cerca de 5.700 casos de denúncias do tipo, o que é o recorde de todas as estatísticas até agora.
Para as mulheres, resta tomar cuidados em locais públicos e ter atenção com o comportamento de homens suspeitos ao redor.