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Home Japão

As histórias de um funcionário de motel no Japão: “já quebraram TVs e um homem fugiu pela janela para não pagar”

Ana Paula Ramos by Ana Paula Ramos
24 de janeiro de 2022
in Japão
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Motel em Tóquio (imagem ilustrativa). Foto: GQJAPAN.

Motel em Tóquio (imagem ilustrativa). Foto: GQJAPAN.

Tóquio – Quem trabalha em algum estabelecimento comercial no Japão, como as lojas de conveniência, provavelmente está acostumado com clientes desrespeitosos, violentos e que causam problemas. Porém, nada se compara com a experiência de trabalhar em um motel e ter que lidar com danos frequentes e problemas diários nos quartos.  

Em Tóquio, um homem de 27 anos, que trabalhou por três anos em um motel no distrito Gotanda, compartilhou em uma reportagem do Portal Bunshun Online as histórias mais chocantes que presencionou durante o trabalho. 

O homem, que vamos chamar de Mizushima* (nome fictício) entrou no ramo por ter um amigo de infância que gerencia um “rabuho”, como é chamado em japonês.

“Ele estava com falta de funcionários e me chamou para ajudar. Mesmo sendo amigo, o pagamento por hora ficou no limite mínimo estabelecido pela província de Tóquio. A maioria dos colegas era estrangeiro, de japonês tinha eu e um parente do dono”, explicou.

O dia a dia do motel não era nada fácil. O local onde Mizushima trabalhava era dividido em dois setores, a gestão da entrada por onde os clientes entram e saem e a limpeza dos quartos.

Diferente de muitos motéis no Japão que possuem um sistema de entrada sem funcionários, o estabelecimento tinha uma recepção onde o cliente pagava pelo tempo e pegava a chave das mãos do atendente. Porém, era estruturado de um jeito em que o funcionário e o cliente não viam o rosto um do outro.

Nesta dinâmica, muitos problemas aconteciam. O motel apenas entregava a chave sem pegar informações pessoais do cliente. Não sabia o nome, o telefone ou o endereço. Quando dava algum problema, algo acabava danificado ou um pertence esquecido, não tinha como ir atrás do cliente e o estabelecimento acabava no prejuízo.

“Como a gente não via nem o rosto dos clientes, a recepção era um serviço tranquilo em comparação com uma loja de conveniência, por exemplo, que tem muito mais interação. Mas o serviço de limpeza era um inferno. Era um trabalho ingrato demais para o pagamento da hora. Com certeza não compensa”, diz.

Objetos esquecidos nos quartos

Foto Bunshun Online imagem ilustrativa

Segundo Mizushima, entrar no quarto de um cliente que acabou de ir embora podia ser uma caixa de surpresas desagradáveis. O motel de quatro andares e 14 quartos recebia poucos casais comuns. A maior parte dos clientes vinha dos prostíbulos da região e parecia ter alguns gostos peculiares.

“O uso dos quartos era fruto dos prostíbulos de 80% a 90% das vezes. Geralmente o cliente entrava sozinho e depois de alguns minutos, aparecia alguma moça dos bordéis e por isso era comum encontrar objetos estranhos nos quartos”, sugeriu.

Era de rotina encontrar brinquedos eróticos, mas tinham objetos realmente estranhos, como plástico de embalar alimentos e alças como aquelas que ficam no teto do trem para o passageiro se segurar.

“Já encontrei fraldas e mamadeira de bebê, mas o normal mesmo é encontrar grandes quantidades de plástico filme nos quartos. Deve ser algum jogo sexual de maníacos. Acho que eles gostam de enrolar o plástico no corpo. As alças de trem eu já vi duas vezes e é um mistério”, explicou.

Objetos danificados no motel

Os pertences esquecidos não causam grandes transtornos, mas quando um objeto do quarto é danificado, o motel acaba sem ter a quem recorrer, já que os clientes usam os quartos no anonimato.

“Diferente dos hotéis, os motéis não tem câmera de segurança e qualquer coisa que é destruída no quarto os funcionários só vão descobrir depois que o cliente não está mais lá. É difícil ir atrás quando acontece e fazer a pessoa pagar pelo o que estragou”, contou Mizushima.

Entre os casos de prejuízo há clientes que quebram o aparelho de TV do quarto e isto acontece com alguma frequência. O cliente paga algumas notas de ¥1 mil pelo tempo no quarto, mas gera um prejuízo muito acima do que gastou.

“Já houve casos de clientes que trouxeram o guarda-chuva molhado em um dia de chuva e penduram bem em cima, deixando cair água na TV. Já vi a TV caída no chão do quarto. Não faço ideia do que pode ter acontecido para destruir a televisão”, questiona.

Cada vez que um cliente deixa o quarto, os funcionários da limpeza precisam fazer a faxina e trocar tudo para o próximo usuário. No entanto, há momentos em que a sujeira é desesperadora e não pode ser removida de imediato. “É nojento, mas encontrávamos fezes na banheira e a gente podia imaginar o fetiche ao ver os rastros do lixo pelo quarto. Isso acontecia umas duas vezes na semana”, relatou.

Segundo Mizushima, o pior era quando as fezes entravam no ralo da banheira, entupindo o ralo. “Se não esfregar muito bem, neste caso, o cheiro ruim não vai embora”, diz ele.

Espiadas e clientes que fogem

O sistema de um motel no Japão é prático. O cliente paga pelo tempo que vai ficar no quarto e pega a chave, sem ser visto ou reconhecido por ninguém. Isto faz parecer que não há problemas com os pagamentos, mas na verdade, sempre tem tentativas de calotes.

“Acontece muito de o cliente colocar defeito no quarto e pedir reembolso e há clientes que passam do tempo reservado e querem ir embora sem pagar o excedente. Teve um caso de um homem que fugiu pela janela do 2° andar para não ter que pagar o valor extra”, revelou.

E por falar em janela, muitas das reclamações são das espiadas. Clientes que dizem que tinha alguém observando pela janela de seus quartos.

“Há muitas reclamações sobre um quarto no 3° andar. A janela deste quarto bate de frente com a escada de emergência do prédio vizinho. Se a janela estiver aberta, é fácil de acabar com alguém espiando. Mas na realidade, a pessoa na escada precisa se inclinar e ficar em uma posição perigosa se quiser enxergar algo. Nós tapamos a vista e mesmo assim reclamavam”, diz.

Por fim, era preciso lidar também com os clientes paranóicos, que desconfiavam de câmeras escondidas.

“As pessoas estão sempre muito preocupadas com isso. Mas não há nada escondido nos quartos e eu cansei de ouvir este tipo de conversa”, revelou.

Tags: Japãomotelrabuho
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Ana Paula Ramos

Ana Paula Ramos

Ana é jornalista e escritora, com mais de 7 anos de experiência no Japão e atuação na mídia brasileira.

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