Tóquio – A história de uma professora de escola primária que acabou presa por se prostituir chamou a atenção nas páginas de notícias do Japão.
O representante do Comitê de Educação de Tóquio não escondeu a surpresa quando soube do caso. “Nunca tinha ouvido falar de uma professora presa por se prostituir”, comentou.
Miyuki Yamada (nome fictício), de 27 anos, era professora de uma escola primária na capital japonesa e acabou demitida por conta da prisão. Na verdade, foi a segunda vez que a jovem foi detida pelo mesmo delito.
Em um fim de tarde de novembro do ano passado, a professora estava à procura de clientes em uma zona noturna de Shinjuku. Um homem se aproximou e ela ofereceu os serviços sexuais. Mas o homem era, na verdade, um oficial da Polícia Metropolitana de Tóquio, vestindo roupas casuais.
Ela foi presa em flagrante e na época e estava de licença do trabalho para se recuperar de um problema de saúde. Em janeiro deste ano, a polícia decidiu que não iria indiciá-la.
No entanto, mais um incidente aconteceu. No dia 24 de fevereiro, ela foi presa em flagrante mais uma vez em tentativa de se prostituir. Neste dia, Miyuki estava em processo de punição no pelo Comitê de Educação.
Segundo uma reportagem da emissora Fuji, a investigação confirmou que não havia nenhum problema de conduta da professora na escola, mas as circunstâncias por de trás do ato de se prostituir foram surpreendentes.
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A professora com dívida de 3 milhões
Questionada sobre a insistência em se prostituir, Miyuki deu a seguinte explicação para a polícia:
“Desde os tempos de estudante tenho o hábito de gastar muito dinheiro com meus hobbies e acabei arrumando dívida com uma instituição de crédito financeiro. Para pagar a dívida, comecei a me prostituir”, explicou.
A dívida da professora é de cerca de ¥3 milhões. Em fevereiro do ano passado, quando foi pega em flagrante, Miyuki tinha se prostituído várias vezes naquele mês. Entre julho e novembro, a atividade tinha frequência de duas a três vezes por semana.
Ela não explicou que tipo de hobby a fez gastar dinheiro a ponto de se endividar.
Depois da segunda prisão em flagrante, o Comitê de Educação de Tóquio reagiu de forma mais rigorosa. No dia 13 de setembro, o órgão divulgou que a professora foi demitida.
“Eu não pensei muito e acabei ganhando dinheiro com uma atividade ilícita. Sinto muito por ter feito algo tão indevido. Não acho que poderei atuar novamente como professora”, disse.
A polícia não divulgou detalhes como o nome verdadeiro ou o distrito e a escola onde ela atuava. O assunto foi tão impactante que a notícia sobre a prostituição da professora atingiu o topo do ranking de acessos do site da emissora Fuji TV.