Chegou esta semana a última aventura dos Guardiões da Galáxia na Disney+, e a espera valeu a pena. Mesmo com a indústria cinematográfica ficando saturada de tantas produções voltadas para adaptações de super-heróis para as telonas, James Gunn mostrou que ainda há muitas coisas para explorar além do óbvio.
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Por conta dessa criatividade, Gunn tem se destacado como diretor com um diferencial, dando relevância, de maneira descontraída, a temas importantes que a grande maioria foge ou prefere evitar. Nada contra quem prefere ficar rindo o tempo todo, mas saber aproveitar o público para passar uma mensagem com emoção é para poucos.
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Uma vez mais salvando a Galáxia, mas sem esquecer do Universo
E se a galáxia é vasta e cheia de vida, qual vida é a mais importante? Não faz muito tempo, vimos Thanos eliminando metade da vida do universo. Pela lógica do titã louco, com menos seres vivos, mais recursos sobram e mais a vida prospera. Ao longo do tempo, vimos que ele ganhou alguns admiradores dessa filosofia na Terra, mas qual foi a vida que Thanos escolheu eliminar?
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Se pararmos para pensar, não apenas os seres com capacidade para criar civilizações organizadas parecem ter sido afetadas. Lembrando da cena pós-estalo do Hulk, havia muitos pássaros cantando após seu desejo, o que parece demonstrar que a vida que Thanos diminuiu foi a de todos seres que alteram o ambiente e consomem recursos naturais, muito além dos seres “inteligentes”.
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Guardiões das emoções
Dessa forma, a história de Rocket é muito mais do que a história de um membro dos Guardiões, já que ele foi modificado pelo Alto-Evolucionário, deixando a condição natural e assumindo uma parte de um processo mais evoluído, mas aparentemente incompleto. Porém, incompleto para quem?
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Ao vermos as lembranças de Rocket, percebemos que a vida dele foi de um ponto onde ele só sentia dor física para uma dor em outro nível. A parte psicológica do guaxinim mais inteligente da galáxia esteve, o tempo todo, abalada. Ele sempre quis estar no comando, uma vez que isso nunca foi possível para ele. Como alguém criado como parte do processo, Rocket queria ser capaz de decidir o que ele queria e achava melhor.
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Mais do que um final, um recomeço
E o sofrimento, a sensação de perda eminente acompanha a gente o tempo todo no filme. Temos esse sentimento que as coisas estão evoluindo para nos despedirmos dos personagens de forma a saber que eles vão acabar morrendo na nossa frente. Porém, a falta que Rocket faz a equipe, é suprida pela nova Gamora.
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O mais legal é que não há uma “forçação” para que ela e Quill voltem ou fiquem juntos. Dessa forma, se eles vão ou não ficar juntos, não parece importar. O mesmo acontece com Rocket e seus amigos. Ao descobrirmos o destino deles, parece que veremos o guaxinim desistir, mas o que vemos é bem diferente. Dessa forma, vamos com a trilha sonora, de um lado ao outro da galáxia, tentando salvar e nos despedir desses personagens tão marcantes. E vale a pena acompanhar essa história e torcer para que possamos reencontrá-los de novo, em breve.
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