O filme O Banqueiro é daqueles que te pegam pela forma como os negros eram tratados durante o período da segregação nos Estados Unidos. É triste ver que esse tipo de comportamento impulsionou o país a superar suas diferenças e colocá-lo no topo das potenciais mundiais. Embora não tenha sido baseado em fatos reais, o filme mostra o tamanho dos desafios enfrentados pelos afro-americanos naquela época.
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A produção foi baseada na vida de dois empresários afro-americanos, Bernard Garrett (Anthony Mackie) e Joe Morris (Samuel L. Jackson), que desafiaram as barreiras raciais para se tornarem banqueiros de sucesso entre os anos 50 e 60 nos Estados Unidos. Apesar de recente, a história mostra como a luta racial é algo que, até pouco tempo atrás, era quase impossível de ser vencida. É claro que o sistema da época não contava com a inteligência de Garrett, que conhecia as leis e regras.
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A dupla usou uma estratégia ousada para contornar as leis segregacionistas da época, contratando um homem branco (Nicholas Hoult) para trabalhar como o rosto do negócio deles, enquanto a dupla supervisionava o trabalho nos bastidores. Mesmo assim, eles precisavam tomar muito cuidado para não chamar a atenção, uma vez que qualquer erro poderia custar caro para sua estratégia de driblar o sistema. A produção foi lançada na Apple TV e foi dirigida por George Nolfi. Na trama, foi utilizado muito da história real, mesmo que alguns personagens e falas tenham sido criados para deixar o roteiro mais dramático e emocionante.
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O Banqueiro pode servir de inspiração para todos
Embora o filme mostre as dificuldades passadas pelos afro-americanos na segregação racial nos Estados Unidos, é possível perceber semelhanças com outras realidades, como a burocracia e barreiras enfrentadas por estrangeiros em países como o Japão. Mesmo que as coisas pareçam mais amenas hoje em dia, sabemos que a luta por igualdade racial e a discriminação ainda existem.
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Recentemente, um jovem filho de estrangeiro, filho de um afro-americano, foi separado dos demais alunos durante sua formatura, apenas por ter usado um penteado tradicional africano, as tranças nagô, que simboliza o orgulho das raízes africanas e a conexão com a comunidade. A escola japonesa argumentou que o jovem infringiu o regulamento de vestimenta e, por isso, foi segregado dos demais.
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Uma luta a cada dia
Infelizmente, essa não é uma realidade apenas no Japão e, inclusive continua ocorrendo nos Estados Unidos e no Brasil todos os dias, onde a discriminação continua negar às pessoas o acesso igual aos direitos, sempre aparecendo sob novos pretextos, seja um falso patriotismo, meritocracia ou qualquer coisa que pareça justa aos olhos dos que se dizem superiores.
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Mesmo que filmes como O Banqueiro sejam lançamentos de 2020, eles se mantêm relevantes e contam com ótimas interpretações, servindo de inspiração para as futuras gerações, sejam elas expostas a qualquer tipo de discriminação. A luta por igualdade racial e a discriminação nunca acabaram, e é uma batalha que precisamos enfrentar todos os dias, em todos os lugares, para que possamos um dia viver em um mundo onde todos tenham as mesmas oportunidades e tratamento justos, independentemente de sua raça, cor ou origem.
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