Saitama – Uma mulher registrada como criadora de animais para a venda em Saitama acabou presa por maus-tratos depois de uma série de confusões com compradores e vizinhos, que resultaram em uma vistoria desastrosa.
Etsuko Yano, de 60 anos, vivia em uma casa de dois andares, onde criava 180 gatos de raça para a comercialização. Ela tinha o negócio registrado desde 2007 e chamava seu estabelecimento de “Nekoyasan”.
Mas quando animais são tratados apenas como objetos de venda, os problemas acontecem. Etsuko tinha perdido o controle dos gatos há muito tempo. A vistoria constatou que muitos animais viviam enjaulados, enquanto que outros andavam livres pela casa.
A maioria dos gatos estava doente. O que motivou a prisão foi o caso específico de seis gatos das raças Scottish Fold, Munchkin e Minuet, eram dois de cada raça. Esses gatos foram resgatados por uma instituição de apoio e estavam com sintomas de infecção do trato respiratório superior, conjuntivite, ácaro de ouvido e infecção de pele.
Segundo uma reportagem da emissora Fuji, Etsuko se enquadrou em todos os critérios da polícia para ser considerada como um caso de criação de má índole. Ela foi incriminada pela lei de proteção animal no caso dos seis felinos resgatados e a prisão foi efetuada no dia 28 de setembro.
As suspeitas contra ela são de não levar os animais doentes para um tratamento necessário no veterinário, não cuidar dos gatos de forma adequada e maus-tratos. Sobre as acusações, ela reconheceu que não levou nenhum gato para consultar no veterinário, mas disse que “dava comida, cuidava deles e nunca maltratou”.
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Problemas com vizinhos e compradores dos gatos
Havia muitas queixas contra Etsuko e eram tão frequentes que ela já havia sido orientada e advertida pela Prefeitura de Saitama mais de uma vez. Quando há uma criação de animais deste porte, há também uma grande produção de lixo semanal e o criador deve contratar um serviço privado para recolher o lixo.
Mas ela nunca fez isto. O lixo em excesso era descartado junto com o lixo comum da vizinhança, e os vizinhos reclamavam do cheiro, da desordem e o descarte inadequado. Segundo a reportagem, era comum que ela fosse xingada e hostilizada na rua por causa de suas atitudes, ouvia pessoas gritaram que ela era uma “velha de merda” (o que em japonês é traduzido pelo termo kuso-baba).
Mas não eram só os vizinhos, os compradores também acabavam furiosos. Logo depois de finalizar a compra e levar o gato para a casa, percebiam que o pet estava doente. Foram esses clientes que chamaram a atenção da polícia para o crime contra os animais.
Os próprios compradores que perceberam que seus pets estavam doentes registraram a queixa na prefeitura e na polícia local. A polícia recebeu inúmeras denúncias parecidas e quando foi investigar o criadouro de Etsuko, se surpreendeu com as condições em que os gatos viviam.
Não há informações sobre o destino dos animais que ficaram no apartamento depois da prisão. Normalmente há duas possibilidades: ou as instituições voluntárias locais se unem para resgatar os animais, arrecadar fundos, proporcionar os tratamentos médicos e arrumar novos donos, ou eles são levados pelo Controle de Animais e podem acabar sacrificados.
Em muitos casos como este acontecem o resgate dos animais, mas as instituições locais e voluntários precisam se mobilizar para isto.