Um grupo formado por parlamentares democratas e republicanos dos Estados Unidos apresentou à Câmara dos Representantes uma proposta de resolução que critica duramente o que classifica como “medidas coercitivas” adotadas pela China contra o Japão.
O texto foi protocolado na sexta-feira por integrantes do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, em um contexto de crescente tensão nas relações entre Tóquio e Pequim. A iniciativa aponta que as ações chinesas teriam sido motivadas por declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, feitas na Dieta, nas quais ela mencionou a possibilidade de uma situação de emergência envolvendo Taiwan.
Entre os episódios destacados, a resolução menciona incidentes militares e diplomáticos, incluindo ocasiões em que caças chineses teriam, por duas vezes, acionado de forma intermitente radares de controle de tiro contra aeronaves F-15 da Força Aérea de Autodefesa do Japão, enquanto estas operavam em espaço aéreo internacional ao sudeste da província de Okinawa. O documento também faz referência ao alerta de viagem emitido por Pequim, recomendando que cidadãos chineses evitassem deslocamentos ao Japão.
Além de condenar essas atitudes, a resolução solicita que o governo chinês interrompa práticas consideradas coercitivas e adote uma postura de diálogo construtivo sobre temas de interesse regional. O texto ainda insta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a atuar em conjunto com aliados e parceiros do Indo-Pacífico para enfrentar pressões econômicas e diplomáticas na região.
Antes disso, senadores de ambos os partidos já haviam apresentado uma proposta semelhante no Senado, com críticas às mesmas condutas atribuídas à China. Na sexta-feira passada, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reiterou o compromisso do governo Trump com uma aliança sólida com o Japão, ao mesmo tempo em que afirmou a intenção de buscar canais de cooperação com a China.





