Um estudante universitário chinês de 27 anos, residente em Tóquio, precisou ser resgatado pela segunda vez em menos de uma semana enquanto escalava o Monte Fuji, informou a polícia da província de Shizuoka.
O chamado mais recente ocorreu no último sábado (27), por volta das 12h50 da tarde, quando as autoridades foram alertadas sobre um alpinista que havia desmaiado nas proximidades da oitava estação da trilha Fujinomiya, a cerca de 3.250 metros de altitude. Equipes de resgate foram imediatamente mobilizadas e conseguiram transportar o jovem até a quinta estação da trilha, aproximadamente 850 metros abaixo, onde ele foi entregue ao corpo de bombeiros. O estudante foi diagnosticado com mal de altitude, mas não corre risco de vida.
Segundo as autoridades, esta foi a segunda ocorrência envolvendo o mesmo indivíduo no Monte Fuji em apenas quatro dias. Em 22 de abril, ele já havia solicitado socorro de um ponto próximo ao cume da montanha, relatando sintomas de náusea e informando que havia perdido os crampons — equipamentos essenciais para caminhar em áreas com gelo — e não conseguia descer em segurança. Na ocasião, devido à dificuldade de acesso ao local, o resgate precisou ser feito por helicóptero.
De acordo com informações apuradas, o motivo da segunda subida ao Monte Fuji teria sido a tentativa de recuperar o telefone celular perdido durante a primeira escalada.
Especialistas alertam para os riscos de escalar o Monte Fuji fora da temporada oficial, que vai de julho a início de setembro. Durante o restante do ano, instalações como postos médicos, abrigos e pontos de apoio estão fechados, o que aumenta significativamente o tempo de resposta em situações de emergência e expõe alpinistas às condições climáticas severas da montanha.
O caso reacende o debate sobre a conscientização de alpinistas quanto à preparação adequada para enfrentar trilhas de alta montanha e sobre os perigos de decisões imprudentes. O Monte Fuji, além de símbolo nacional do Japão, é uma rota popular entre turistas e residentes, mas sua escalada exige respeito às regras sazonais e atenção às condições físicas e climáticas.
Como diz um provérbio japonês: “É sábio escalar o Monte Fuji uma vez, mas tolice fazê-lo duas.” Neste caso, o retorno ao cume por conta de um celular perdido ilustra um risco ainda maior. Caso o estudante pretenda tentar novamente, autoridades recomendam aguardar a abertura oficial da temporada e garantir todos os preparativos necessários antes de qualquer nova tentativa.