Esforços para diminuir o desperdício de alimentos estão se intensificando no Japão, à medida que um número crescente de empresas amplia os prazos de validade em produtos processados. No entanto, pequenas empresas ainda enfrentam dificuldades para adotar essas práticas, conforme revelou uma pesquisa recente.
Realizada pela Agência de Assuntos do Consumidor, a pesquisa entrevistou 585 fabricantes de alimentos e constatou que 43% dos 935 produtos avaliados tiveram suas datas de validade estendidas. Grandes e médias empresas lideram essa tendência, enquanto mais de 50% das pequenas empresas ainda não planejam fazer o mesmo, citando desafios como manter a qualidade dos produtos e lidar com os custos envolvidos.
O governo japonês estabeleceu a meta de reduzir pela metade o desperdício de alimentos até o ano fiscal de 2030, comparado ao ano fiscal de 2000. Dados do ano fiscal de 2022 indicam que o setor empresarial já alcançou essa meta, embora o desperdício gerado pelos lares japoneses ainda esteja distante do objetivo.
A pesquisa, conduzida entre julho e agosto, classificou empresas pequenas e médias como aquelas com capital de até 300 milhões de ienes ou menos de 300 funcionários, enquanto as pequenas foram definidas como aquelas com menos de 20 trabalhadores. O levantamento também revelou que, embora 33% das empresas não tenham planos de estender as datas de validade, 23% estão considerando a possibilidade, mas enfrentam barreiras como mudanças sazonais na qualidade e o manuseio dos produtos pelos consumidores.
O cenário atual reflete a necessidade de medidas mais abrangentes para garantir que empresas de todos os tamanhos possam contribuir para a redução do desperdício de alimentos, alinhando-se às metas governamentais e aos esforços globais de sustentabilidade.