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Home Japão

O psiquiatra preso em Tóquio por violência doméstica e porte de drogas: “ele drogava e me fazia sair de roupa íntima na rua”

Ana Paula Ramos by Ana Paula Ramos
4 de abril de 2022
in Japão
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Médico psiquiatra Jun Izawa, de 51 anos, foi preso em Tóquio. Foto: Reprodução/Smart Flash.

Médico psiquiatra Jun Izawa, de 51 anos, foi preso em Tóquio. Foto: Reprodução/Smart Flash.

Tóquio – Um médico psiquiatra que atuava em uma clínica em Shinjuku, na capital japonesa, foi preso pela acusação de violência doméstica e porte de drogas. Mas uma breve investigação com vários pacientes mostrou que o caso pode ser ainda mais grave.

Jun Izawa, de 51 anos, trabalhava na clínica Tokyo Clinic, no distrito de Kabuki-cho em Shinjuku. A vítima, que namorava o psiquiatra, registrou a denúncia em um posto policial depois de sofrer uma série de abusos físicos e psicológicos.

A polícia realizou uma atividade de busca e apreensão na residência do médico e encontrou 0,28g de anfetaminas (drogas estimulantes). Ele acabou preso também por porte de drogas, além da acusação de violência contra a mulher.

A vítima, na faixa de 20 anos, disse que era uma paciente da clínica. “Ele me recebeu para consultas fora do horário de atendimento e me convidou para jantar. No início de abril do ano passado, começamos a namorar”, contou em depoimento.

No início, o relacionamento ia bem, mas em outubro do ano passado, a jovem passou a morar com o médico e diz que o comportamento dele mudou drasticamente.

“Ele começou a me fazer tomar grandes quantidades de medicamentos, começando pelo aripiprazol, que é um antipsicótico utilizado no tratamento da esquizofrênia. Aos poucos, comecei a sofrer uma lavagem cerebral”, explicou.

A vítima conta que começou a sofrer agressões físicas e psicológicas e foi obrigada a obedecer ordens estranhas que vinham do namorado. A situação psicológica foi se agravando aos poucos e ela demorou para conseguir tomar uma atitude.

“Ele me batia, chutava, gritava comigo, isso virou rotina”, disse, parecendo abatida. “Foi no fim de fevereiro que eu acordei. A gente estava na rua e ele me mandou ficar de sutiã e calcinha e juntar o lixo perto do carro dele. Eu fiz o que ele disse, mas ele se preocupou com os olhares de estranhos e fugiu. Eu entrei em pânico, comecei a gritar”, contou.

Ela conta que, neste episódio, teve um surto e começou a cortar os próprios braços. Acabou levada de ambulância para o hospital e levou pontos nos ferimentos.

“No dia seguinte, tivemos uma longa discussão e ele ficou muito bravo e acabou abrindo os pontos dos meus machucados. Acabei sofrendo um corte nos nervos e não sinto nada a partir do pulso esquerdo. Foi aí que eu acordei e fui na polícia”, relatou.

Izawa disse que a história da ex-namorada não é mais do que um “devaneio”. Mas além dos relatos chocantes, a jovem apresentou uma série de marcas de agressões em todo o corpo.

Leia também: Polícia japonesa prende três meninos de 14 anos por comer em restaurante e fugir sem pagar a conta.

Outras denúncias contra o psiquiatra

Foto Raimond Klavins Unsplash imagem ilustrativa

De acordo com a apuração do portal japonês Smart Flash, que publicou um artigo sobre o caso do psiquiatra, há outras evidências de que havia algo de errado com o médico, começando pela forma como conduzia os tratamentos com os pacientes que procuravam a ajuda da clínica.

Izawa era conhecido por “gostar de remédios” e costumava receitar bastante, atendendo as vontades dos pacientes e mesmo após consultas muito breves, de poucos minutos.

“A clínica chegou a sofrer uma inspeção do governo de Tóquio depois que ele receitou grandes quantidades de ritalina para um paciente, que é um psicoativo com alto poder de causar dependência. Ele também já foi multado por receitar medicamento sem receita. Acho que ele tinha muito conhecimento sobre os psicoativos”, disse uma testemunha envolvida com a clínica.

Um ex-paciente também deu um relato sobre como foi sua experiência com o psiquiatra Izawa na Tokyo Clinic.

“Eu escrevi na minha agenda os remédios que eu queria e ele me receitou tudo e na quantidade que eu queria. A consulta durou um minutos. Era mais uma fármacia do que uma clínica”, disse.

Outros pacientes deram relatos mais graves, de tentativas de abuso sexual e uso de medicamentos como moeda de troca, se aproveitando da condição de fragilidade psicológica das vítimas.

“Eu sofria de instabilidade emocional e precisava de remédios. Fui três vezes na clínica e ele me mostrou o pênis e disse que se eu tocasse, eu ele me receitaria quantos medicamentos eu quisesse. Senti perigo e fui embora. Ele também disse que se eu tocasse, me dava remédios para emagrecer. Eu acabei trocando de clínica”, disse uma jovem.

Outra paciente, que também sofria de questões psicológicas e dependência de remédios, deu um relato parecido.

“Em novembro de 2020 eu fui até a clínica para ver se conseguia algo para a insônia e ele elogiou minha pele bronzeada e tocou na minha coxa. Na primeira consulta, me receitou sete tipos de medicamentos e me disse para tomar 19 pílulas todos os dias”, contou.

A testemunha disse ainda, de acordo com o Smart Flash, que o médico apareceu na casa dela no dia seguinte.

“Ele viu meu endereço no cartão do seguro e me visitou no dia seguinte. Queria ficar comigo e eu recusei. Ele deixou remédios na minha caixa do correio. Eu acabei tomando muitas pílulas em uma semana e sofre as sequelas dos remédios até hoje. Eu também vou registrar minha denúncia”, disse.

O advogado Masakazu Ueda, especialista nas leis médicas, contou o que pode acontecer com Izawa após a prisão.

“Ele pode ser condenado por agressão física e porte de drogas, mas se a gente ver os casos do passado, a punição normalmente é de 2 a 3 anos de suspensão da atividade médica. Se não cometer um crime considerado de extrema gravidade, dificilmente ele perderá a licença médica”, explicou.

Não se sabe como a justiça japonesa irá lidar com esse caso, mas a história mostra que há médicos dispostos a fazer a vontade do paciente sem uma consulta adequada e nem sempre os profissionais são confiáveis.

“Acredito que é necessário que haja mais transparência na liberação de informações sobre médicos que já foram penalizados e é preciso ainda reeducar esses profissionais que exercem uma atividade de alta responsabilidade”, apontou Ueda.

Tags: drogasmedicamentospresopsiquiatraTóquioviolência doméstica
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Ana Paula Ramos

Ana é jornalista e escritora, com mais de 7 anos de experiência no Japão e atuação na mídia brasileira.

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