O céu noturno do Japão reserva um espetáculo raro neste mês: o cometa Lemmon fará sua aproximação mais próxima da Terra em aproximadamente 1.300 anos nesta terça-feira (21), oferecendo aos admiradores da astronomia uma chance única de observá-lo até o início de novembro.
Segundo o Observatório Astronômico Nacional do Japão, o corpo celeste de tom esverdeado ficará mais brilhante conforme se aproxima do Sol, podendo ser registrado em fotos de longa exposição voltadas para o céu ocidental, cerca de uma hora após o pôr do sol.
No último domingo (19), moradores da região de Tokachi, em Hokkaido, conseguiram registrar o cometa próximo à constelação do Grande Carro (Ursa Maior) entre 17h30 e 19h, aproveitando as condições de visibilidade favoráveis.
Descoberto em janeiro deste ano a partir do Observatório Mount Lemmon, no estado norte-americano do Arizona, o cometa segue uma órbita elíptica extremamente alongada em torno do Sol. Especialistas estimam que sua última passagem próxima à Terra tenha ocorrido há cerca de 1.300 anos, e que a próxima só acontecerá daqui a aproximadamente 1.100 anos.
Entre esta quinta-feira (23) e o dia 2 de novembro, o Lemmon deverá estar mais alto no céu durante cerca de uma hora após o pôr do sol, facilitando a observação. Em locais com pouca poluição luminosa e céu limpo, há até a possibilidade de vê-lo a olho nu, ainda que de forma discreta.
A rara aparição desperta o interesse de astrônomos e curiosos em todo o mundo, que já se preparam para registrar o brilho esverdeado do visitante cósmico antes que ele desapareça novamente por mais de um milênio.