Tóquio – É oficial: o Japão entrou na temporada de tufões. Nesta época do ano, há uma maior formação de ciclones no Oceano Pacífico, que eventualmente se transformam em tufões grandiosos e podem afetar diferentes regiões do país.
As regiões que mais costumam sofrer com os tufões são as ilhas de Okinawa, no extremo sul do país e também as ilhas de Ogasawara, ao sul de Tóquio. Mesmo assim, os fenômenos compostos por rajadas de vento poderosas podem atingir o país de norte a sul e também atravessar o Japão.
De acordo com um comunicado da Agência Meteorológica do Japão (JMA, em inglês), as autoridades estão vigiando um ciclone tropical que está próximo da Ilha de Minamitori-shima e deve se transformar em um tufão nas próximas 24 horas.
Minamitori-shima é uma das ilhas mais remotas que o Japão tem em seu território. É um pedaço de terra de 6 km de perímetro e em formato triangular, que faz parte das Ilhas Ogasawara sob a administração de Tóquio, apesar da distância da capital japonesa.
Esta ilha em especial está localizada em uma área onde não há nada além de mar. O pedaço de terra mais próximo é um ilhéu desabitado das Ilhas Marianas, a 1.021 km de distância. Minamitori-Shima está a um pouco mais de 1.200 km das Ilhas Ogasawara e mais de 1.800 km de distância de Tóquio.
Apesar da distância, o ciclone que ronda o mar próximo desta ilha é uma ameaça para o Japão. O fenômeno deve se tornar o sétimo tufão que o país registra esse ano e segundo as autoridades da JMA, pode rumar no sentido norte e se aproximar da região de Kanto nos próximos dias.
A rota do tufão será acompanhada e quem mora no Japão deve ficar de olho nas notícias. Se houver previsão de chuva e vendavais na região, é preciso tomar cuidados, estocar água e alimentos, ficar longe das janelas de vidro e se o risco for alto, ir para um abrigo temporário com antecedência.
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25 tufões por ano
Os dados meteorológicos do Japão mostram que, nas últimas três décadas (de 1991 até 2020), houve a formação média de 25 tufões por ano. No mês de julho deste ano, três tufões se formaram entre os dias 15 e 28. Neste mês e nos próximos, a expectativa é que novos tufões se formem no Pacífico e podem se aproximar do Japão.
Os tufões estão longe de ser a única ou maior ameaça da natureza que o arquipélago nipônico enfrenta. Os fortes terremotos com risco de tsunami, chuvas intensas com deslizamento de terras e inundações e os 100 vulcões ativos do país também representam ameaças repentinas para a população.
E é por isso que a população japonesa é treinada e incentivada a tomar medidas preventivas para desastres naturais, como manter um estoque de alimentos e água em casa, cuidar a rota de fuga para os abrigos e ficar atento as notícias, orientações e ordens emitidas pela prefeitura das cidades.
E para os estrangeiros que não estão acostumados a conviver com as ameaças silenciosas dos desastres naturais, é sempre bom seguir as recomendações e determinações, estar sempre preparado e pronto para proteger a própria vida e a família em uma situação de perigo.