Tóquio – O cliente nunca sabe o que acontece na cozinha de um restaurante e ao comer em qualquer lugar, só resta confiar que os devidos cuidados serão tomados com a comida e a higiene.
Mas nem sempre é assim e mesmo no Japão, um país conhecido pelo bom atendimento ao cliente, algumas situações absurdas acontecem.
O Portal Career Connection fez uma pesquisa com trabalhadores e coletou relatos de episódios constrangedores que aconteceram no ambiente de trabalho. Um jovem na faixa de 20 anos, que trabalha meio período em um restaurante, acabou relatando a falta de higiene do local.
Ele foi entrevistado pelo portal e contou mais detalhes. O jovem, que vamos chamar de Shinji (nome fictício), disse que trabalha em um restaurante de cadeia ao norte da região de Kanto. É uma rede conhecida e um restaurante grande, com um total de 40 funcionários entre os efetivos e os ‘arubaitos” (meio período).
Há o gerente, o vice-gerente e nos dias de semana, 5 ou 6 funcionários cuidam de todas as funções: cozinha, preparo, atendimento de pedidos, servir os clientes, fechar as contas e todo o resto.
O restaurante costuma lotar nos fins de semana e a equipe se torna maior. Há dias em que o gerente e o vice estão ao mesmo tempo, mas segundo o relato, normalmente apenas um deles fica responsável por tudo.
Shinji contou que o problema é o comportamento do vice-gerente, que não deixa jogar fora as verduras que caíram no chão e reaproveita as que foram parar na lata do lixo, desde que não estejam em um espaço muito fundo.
“Eu já vi ele mandando colocar na panela os ingredientes que caíram no chão e pensei que era só quando o estoque estava para acabar, mas ele faz isso também quando não está. E já vi tirando legumes da lata do lixo também. Uma vez ele disse que não tinha problema porque vamos cozinhar e o calor mata as bactérias”, contou.
De acordo com o japonês, isto só acontece quando o gerente não está por perto ou presente no dia. O que mostra que o chefe tem consciência de que não deveria servir alimentos do lixo aos clientes.
“Chega a ser incoerente”, diz ele. “O chefe é muito rigoroso com o serviço de mesa, tem que estar tudo bonitinho no prato e organizado. Se algo derramar um pouquinho, ele quer trocar tudo. Mas está nem aí para a higiene”, disse.
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O restaurante continua
Não há como saber que restaurante é esse e sua localização, mas histórias assim mostram que não deve ser o único lugar com problemas de higiene.
Shinji disse que o gerente é um homem bom, na casa dos 50 anos e muito responsável com trabalho. Ele ensina os novatos com paciência e quando está presente, o funcionamento e atendimento aos clientes se torna mais eficiente.
Mesmo assim, é difícil relatar os problemas com o segundo responsável pelo restaurante.
“Meus horários normalmente não batem com os horários do gerente, mas eu já falei com um outro funcionário que é mais antigo no serviço e relatei os problemas da comida no lixo e no chão. Ele disse que ia falar com o gerente, mas depois disso, não sei o que aconteceu”.
O jovem está fazendo entrevistas para um trabalho efetivo e disse que muito em breve irá deixar o restaurante. É possível que a situação continue do mesmo jeito e os clientes sigam comendo o que é servido sem saber a origem.
